quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Família Cappai, de outra região.

É muito gratificante e prazeroso ter retorno de leitores do livro "A ILHA QUE ATRAVESSOU O MAR", principalmente quando se tem a mesma origem na Sardenha milenar, raízes na família Cappai e resultados da rara imigração da ilha para o interior de Minas Gerais, Brasil. Desta feita, quem entrou em contato foi Francisco, de Belo Horizonte, tio de Fabrícia Cappai

A história de sua família inicia com Salvador Cappai, que nasceu por volta de 1858, no comune de Nuoro, na Sardenha. Como resultado da imigração, faleceu em Belo Horizonte no dia 24 de novembro de 1921. Filho de Salvador Cappai e Maria Carezo. Casou com Maria Bárbara, filha de Lussuro Anjoni e Angela Carezo. Filhos do casal foi Francisco Cappai (24 de novembro de 1900) e João Cappai. Este ultimo casou com Maria Pudo, sobrenome também comum na ilha da Sardenha. Maria Pudo, que é filha de João Pudo e Maria Raphaela Esquirro. João Cappai nasceu por volta de 1892 e faleceu no ano de 1964. Outros filhos deste casal de origem em Nuoro foram: Salvatorangelo, Giovanni Lussorio Cappai, Francesca e Salvatora. Parte da família tem registros e documentos anexados no site dos Mórmons, Family Search. 

A Pesquisa apenas começou, porque não localizamos os registros de entrada no país, na hospedaria, nos Censos e como se deu a adaptação inicial, nem mesmo o local onde esta família de imigrantes iniciou sua vida além mar. Sabe-se que eram construtores, assim como meu avô Raffaele Cappai que construiu boa parte das casas, mercearia e igreja do Distrito de São Lourenço, município de Leopoldina, na zona da Mata Mineira. Esta informação de que eram construtores, muito me comove, porque é a origem também da minha família; que iniciou no café e posteriormente se entregou-se à construção civil. 

Outra associação muito comum na imigração é quanto ao sobrenome. Por inúmeras razões, as grafias são alteradas de tal forma, que geram dúvidas e até dificuldades nas pesquisas das famílias. Assim, na minha família, o nome de meu avô sardo Raffaele Cappai, se tornou "Rafael Capaz" ou "Raphael Capaz". Meu pai que deveria ser Giovanni, se tornou João Capaz. Por conta destas disparidades, só conheci a história de minha família, após completar 50 anos de idade. 

Quanto à família do Francisco, de Belo Horizonte, o sobrenome sardo "Cappai" foi preservado. Mas ao inverso de meu pai, há uma história um pouco cômica, em que um imigrante Giovanni insistiu no cartório para mudar seu nome para "João", porque achava bonito o nome "abrasileirado". O titular do cartório o intimou a honrar suas raízes no início do século, permanecendo o nome de origem italiana. Mas durante toda a vida, o tal Giovanni se dizia ser "João", contrariando os documentos. Eu gosto de meu nome José, mas ficaria imensamente honrado se um dia tivesse minha cidadania reconhecida e chamasse Giuseppe, nome do meu bisavô que veio de Villasalto, da Sardenha...

Para os "primos" que iniciam a pesquisa, meus cumprimentos sardos. Que a ilha seja o maior incentivo para abrir caminhos no conhecimento de nossas raízes, com a bravura de nossos ancestrais. 

Buona fortuna a tutti.



4 comentários:

  1. Olá! Esta sendo fácil encontrar registros da data de entrada dos meus antepassados não, mas não vamos desistir. Obrigada pela ajuda!

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  2. Estou iniciando nessa jornada, e descobrindo que somos descendentes do filho mais velho de Giuseppe cappai (Antônio Cappai, meu bisavô)

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  3. Marcos Capaz de Souza também tenho o sobrenome Capaz

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    1. Legal. Criei um perfil lá no Instagram família capaz Cappai

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