segunda-feira, 31 de julho de 2017

A imigração rara dos sardos no Brasil.

A raridade da imigração dos sardos para o Brasil, precisamente para o Estado de Minas Gerais, está bem exposta nas estatísticas, bibliografias e documentos de época. O IBGE aponta que entrou na grande imigração apenas 5.254 sardos, sendo os anos 1896 e 1897 os anos que mais entraram imigrantes no país. Os sobrenomes registrados na Hospedaria Horta Barbosa, hoje arquivados no APM - Arquivo Público Mineiro, foram: AGUS, CADEDDU, CAPPAI, CUCCO, DUANA, FANNI, FOIS, GESSA, LAI, MONA, PICCI, PORCU, LOCCI, VARGIOLO E ZOTTI.

Dos sobrenomes sardos que são parentes e participam da árvore genealógica de minha família são:  AGUS, CAPPAI e GESSA. Por parte de minha trisavó, a família CONGIU permaneceu em Villasalto na Sardenha e não emigraram.

Destes 5.254 sardos, poucas famílias permaneceram no país, devido a problemas de adaptação ambiental. A idiossincrasia dos sardos é diferente do italiano do continente, são mais introvertidos, reservados e falavam o dialeto sardo. Não se adaptaram às promessas do governo mineiro, que fizeram intensas campanhas na Itália para trazer mão de obra para as lavouras de café, fazendo a política das oligarquias e de fazendeiros (que já não contava com o trabalho escravo); deixando-os os imigrantes abandonados à própria sorte. A família de meus ancestrais foram uma das poucas que optaram em permanecer no país, composta pelo casal Giuseppe e Maria Annica e seis filhos (Antonio, Salvatore, Daniele, Raffaele, Maria e Filomena), dividindo parte em Minas Gerais e outra no Espírito Santo. Sou neto de Raffaele Cappai e filho de João Capaz. A maioria dos sardos retornaram para a ilha e os poucos que permaneceram, inclusive meu nonno, não se naturalizaram brasileiro.

Segundo Censo da Itália, o sobrenome Cappai é uma das cinco famílias mais representativas na Ilha da Sardenha, com 568 famílias localizadas ao sul da ilha.

A ocorrência atual de descendentes sardos com o sobrenome CAPPAI no Brasil, verificado através do site governamental "Name Statistics Brasil|", aponta frequência de 0,00006% no país, cujo registro é de apenas 123 pessoas com este sobrenome em todo o país, que por uma razão histórica está concentrado nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Isto comprova o quão raro são os descendentes sardos no Brasil...

Em breve, estará disponível para venda meu livro "A ILHA QUE ATRAVESSOU O MAR.", que narra a história da emigração dos sardos para o Brasil, a contextualização histórica, as famílias que chegaram, como participaram da colonização e o pioneirismo no Estado e sua ligação histórica com o feudalismo da ilha da Sardenha.

A Kent'Annos.

22 comentários:

  1. Olá! Fiz o teste da Myheritage e também sou descendente de Sardos (14%). Não acho nada sobre minha familia (Nespatti)

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  2. Quando sai o livro? Também descobri pelo myheritage, sou de Minas Gerais.

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  3. Também tenho origem sarda. Família usai

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  4. Sabe algo da família FADDA? Ou de imigrantes sardos que vieram trabalhar na Usina Wigg em Ouro Preto..

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    1. Ola Maria Clara, tenho ascendência Sarda da Familia Salis e Fadda . No Arquivo Mineiro você vai conseguir identificar o livro e a gaveta de registro . Para região, verifiquei uma familia de dois irmão Antonio e Giuseppe Fadda contratados pelo Colégio Dom Bosco. entre em contato comigo. obrigada

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    2. Maria Clara, minha família também é Faedda e vieram da Itália para trabalhar na usina Wigg. Me envie um e-mail: camilacortezadv@gmail.com

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  5. Olá me chamo Ivo Abreu, Mineiro de Ewbank da Câmara, como toda minha família. No meu Teste de ancestralidade aponta 15% italiano e 8% de sardenha. Infelizmente, o sobrenome se perdeu por conta dos 32% ibérico da minha família, majoritária portuguesa.

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    1. Conversando com os tios de meu pai, me revelaram o sobrenome Vitali dos bisavós italianos.

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    2. Mais quando você diz que perdeu pode ter sido, por causa da campanha de nacionalização do governo Brasileiro. Isso aconteceu com muitos imigrantes desde do começo. Muitos quando chegavam aqui tinham nomes e sobrenomes alterados. No meu teste de ancestralidade, dos 63% europeu, tenho 43% italiano, 12% sardos e os outros composto por gregos e norte africanos. Meu dna europeu é etnicamente italiano meridional, mas meus antepassados tiveram todos os nomes e sobrenomes alterados quando chegaram no Brasil, então hoje minha família só tem sobrenomes ibéricos.

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  6. Fiz o teste genera e deu 8% italiano e 7 % sardo e 47% ibérico, parece q a cidade de São João Batista aqui em Santa Catarina recebeu sardos tb.

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  7. Fiz o herytage e sou 30% sarda, sou de Minas Gerais, gostaria de mais informações. Obrigada

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  8. Pelo My Herytage tb 12.2% sou da Bahia e Pernambuco

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    1. Eu também sou da Bahia, Santo Antonio de Jesus, Tenho 12.1 sardenho e 9.2 italiano

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  9. Sou raridade então, sou descendente de sardos e nem sabia até eu fazer o teste de DNA. Onde compro seu livro?

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    1. Eu tambem descobri que sou descendente de Sardos, adoraria sabet mais sobre meus ancestrais, existe um mistério a volta da história da minha avó e meu avô "italiano" que só soube que era da Sardenha através do teste de adn

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  10. Segundo o MyHeritage tenho 24% sarda, porém a minha família materna e paterna são do nordeste, é a minha segunda maior percentual 24% de sardo, achei muito estranho!

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  11. Bom dia! Como compro seu livro?

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  12. Pelo que sei dos familiares que sou a quarta geração dos sardos,meu bisavô veio de sardenha e era família Cappai hoje meu sobrenome se tornou Capaz, como gostaria saber mais sobre meus asestrais

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  13. leonelrobertop@gmail.com17 de fevereiro de 2024 às 00:23

    Recomendo Dra. Micheline klippert. Advogada brasileira residência em Portugal. Sócia da OLIVEIRA KLIPPERT ADVOGADOS ASOCIADOS. Especialista em CIDADANIA, PORTUGAL, ITÁLIA, ALEMANHA,FRANÇA ,ETC. Muita competência , credibilidade e rapidez.

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  14. Meu bisavô Pietro Biosa oriundo de Sassari na Sardenha desembarcou do Fortunato R. no Rio de Janeiro em julho de 1896 com esposa e uma filha,seguindo de trem até Juiz de Fora ,pernoitando na Hospedaria Horta Barbosa,em seguida foi para fazenda da região que hoje pertence a Palma MG. Passado alguns anos imigrou para Sul do Espírito Santo onde hoje fica o Município do Mimoso do Sul

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  15. Meu Nome é Marcelo sardo sou de itajai SC filho de Avelino aaprigio sardo Meu avô faleceu

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  16. Gostaria de mais informações. Meu Trisavô Antonio Giuseppe Faedda, da Sardenha, veio para o Brasil para trabalhar na usina Wigg. Já temos todas as certidões, mas precisamos da certidão da filha dele e precisamos de mais informações sobre como viviam, onde registravam os filhos.

    meu e-mail é camilacortezadv@gmail.com se tiverem qualquer informação me contatem, por favor

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