Pêndulo sardo
José Capaz –
10/12/2015
Gira o mundo, gira
terra e mares,
O tempo inclemente de meus dias gira
incessante.
Que será deste tempo passado, devorado
por este engenho?
Mundo pêndulo, que será do tempo
porvir?
Gira a mente, gira as
ideias e anseios, pombas!
Devo pensar no girar dos dias e sua
eteriedade radiestésica.
Haverá um equilíbrio cósmico, onde sou
sua célula?
E ao pó que retornarei, em turbilhão,
nesta fatalidade cíclica!
Gira a vida, a semente
que nasce, morre e renasce persistente.
Draga para si os esquecidos, ato
falho, porque o Criador nos protege.
A grande civilização de resetados,
velhos e esquecidos, deste mundo ancião.
A roda da vida gira e recria em
colapsos e colisões, em nome da liberdade.
Gira as ondas e
marolas arrebentam nas rochas da Sardenha.
Alegre coração envolto a fragmentos e
poeira do tempo.
Gira a chave do tempo, o segredo deste
espírito sem fronteiras,
Este pequeno átomo sobrevivente traz
sentido resiliente a vida.
Gira prazerosamente gerações
e gerações na mente cansada e confusa.
Anseio pela comunhão dos dias, ideias,
ondas, rochas e cacos.
Desejo arqueologicamente meu espírito
druida na terra dos Nuraghes,
Porque está escrito, pêndulo sardo, um
dia o filho a casa retorna...
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