quinta-feira, 27 de abril de 2017

Crônicas do Sardo Mineiro

Pêndulo sardo
                          José Capaz – 10/12/2015


Gira o mundo, gira terra e mares,
O tempo inclemente de meus dias gira incessante.
Que será deste tempo passado, devorado por este engenho?
Mundo pêndulo, que será do tempo porvir?

Gira a mente, gira as ideias e anseios, pombas!
Devo pensar no girar dos dias e sua eteriedade radiestésica.
Haverá um equilíbrio cósmico, onde sou sua célula?
E ao pó que retornarei, em turbilhão, nesta fatalidade cíclica!

Gira a vida, a semente que nasce, morre e renasce persistente.
Draga para si os esquecidos, ato falho, porque o Criador nos protege.
A grande civilização de resetados, velhos e esquecidos, deste mundo ancião.
A roda da vida gira e recria em colapsos e colisões, em nome da liberdade.

Gira as ondas e marolas arrebentam nas rochas da Sardenha.
Alegre coração envolto a fragmentos e poeira do tempo.
Gira a chave do tempo, o segredo deste espírito sem fronteiras,
Este pequeno átomo sobrevivente traz sentido resiliente a vida.

Gira prazerosamente gerações e gerações na mente cansada e confusa.
Anseio pela comunhão dos dias, ideias, ondas, rochas e cacos.
Desejo arqueologicamente meu espírito druida na terra dos Nuraghes,

Porque está escrito, pêndulo sardo, um dia o filho a casa retorna...



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