sábado, 17 de novembro de 2018

ÁRVORE GENEALÓGICA DAS FAMÍLIAS KERSUL E MARRA


Utilizo o espaço da família CAPPAI, para postar parte das descobertas da árvore genealógica das famílias KERSUL e MARRA, sobrenomes de minha esposa Mara. Tenho grande carinho por aqueles que me acolheram como parte da família. E frequentemente tenho recebido pedido de pesquisas de membros destas famílias. Esta postagem é a pesquisa preliminar, que precisa ser aprofundada na parte documental e entrevistas. 

Na ocasião do 5º Encontro Anual da Família Marra, um leitor e representante da família Marra de Uberlândia e cidades do Triângulo mineiro, apresentou sua família: Antônio Marra, Henriqueta Marra. Julieta Marra, Júlia Marra e Pompilio Marra. No momento, não temos condições de estabelecer os elos da árvore genealógica, porque extrapolam a pesquisa, o tempo e as fronteiras. Por serem famílias mineiras e compartilhando o mesmo sobrenome, há chances de parentesco de 2º, 3º e 4º grau; mas só após o aprofundamento das pesquisas é possível afirmar. Compartilho neste Blog a árvore genealógica de minha esposa ROSEMARA KERSUL (Filha de Expedito Kersul e Marta Marra, ambos da região de Pouso Alegre/MG), que pode ser a base de uma sondagem de meus leitores, junto aos mais idosos de suas famílias. Vamos atualizando, sempre que possível. Agradeço por informações.


Genealogia é um trabalho de paciência, um quebra cabeça que estimula a curiosidade pela família, estreitando laços de amizade. Não desistam! Sempre digo que, a cada funeral na família, enterramos parte de nossa história e biblioteca familiar. Não podemos deixar que isto aconteça, porque sempre terão outros (talvez nem tenha nascido), que irão se interessar. Uma vez conscientes deste espírito famíliar, não podemos deixar de documentar e facilitar o caminho para outros.

Aproveito para incluir os sobrenomes sardos MOCCO e PIREDDA à lista que já apresentei neste Blog. A pedido de um leitor e descendente, estes sobrenomes também fizeram parte da rara imigração sarda para o Brasil. 

Grazie. Buona fortuna a tutti.

COM TODOS OS SOBRENOMES DA FAMÍLIA.


Teve alguns séculos atrás era costume utilizar todos os sobrenomes (apelidos ou nome) da família. Em alguns círculos da sociedade, por questões políticas e notoriedade, quanto mais nomes ostentasse, teria mais probabilidade de aceitação e acesso no meio social. E isto se ocorreu, mais destacadamente com a família real portuguesa no Brasil. Basta ver o nome completo de D. Pedro I e D. Leopoldina, para perceber o quanto pesava o nome com recuo de 3 a 5 gerações. E foi movido por esta curiosidade que fiz a composição do meu nome e de minha esposa, recuando quatro gerações nas famílias.

Talvez nos possa parecer que determinados sobrenomes estejam tão distantes, que não fazem parte de nós. São olhados com certa estranheza. Contudo, é importante lembrar que somos herdeiros geneticamente deste passado, compondo a história da imigração e deste emblemático país. Com o passar do tempo e evolução dos costumes, fomos nos despindo dos sobrenomes, se atendo somente à família mais próxima e imediata. Muitas das histórias foram esquecidas, não contadas e enterradas definitivamente. Mas, é fato, somos testemunhas de que estas histórias ocorreram (acertadas ou desacertadas). 

Então, ao montar também sua árvore genealógica e deparar com vários sobrenomes nas ultimas 4 ou 5 gerações, agradeça e reverencie seu passado. O capricho da história propiciou que casais se formassem a partir da simpatia, ideias em comum, sincronicidade, na lida diária, do "lavoro", para que estivéssemos aqui hoje, compartilhando este tempo. Originamos destas diferentes formas de ver a vida, idiossincrasias e, porque não, até de divergências. Assim caminha a humanidade...

Meu nome:  José Capaz Dutra Cappai

Como seria meu nome completo (11):   José Capaz Dutra Campos Carvalho Vieira Nicácio Moreira Agus Gessa Congiu Cappai.

Origens:  Composição do DNA, conforme Laboratório My Heritage, Texas (EUA).



Nome da esposa:   Rosemara Kersul C. Capaz

Como seria o nome completo (13):   Rosemara Kersul Marra Godoy Nogueira Modesto Damiani Ameno da Silva Narciso Brasil Bianchi Cappai Capaz.

Origens:  Composição do DNA feito por irmão, conforme Laboratório My Heritage, Texas (EUA).


E, ao buscar a composição das raízes de minha esposa, tive uma grata surpresa. Nos conhecemos há quase 30 anos. Fomos colegas na primeira turma de Jornalismo da Univas, de Pouso Alegre/MG, formandos de 1992. Como autor do livro "A ILHA QUE ATRAVESSOU O MAR", consciente de minha alma sarda, descobri que a família de minha esposa também possui uma parte da ilha da Sardenha. Traz na alma a bravura do popolo sardo, a ancestralidade guerreira de Shardana, o espírito laborioso de pastores e o empreendedorismo destemido daqueles que atravessaram o mar. 

A história da imigração também deixou pistas para a família de minha esposa. Seus trisavós Anselmo Bianchi e Josephina Bianchi deram o nome da filha ISOLA Bianchi. A palavra "isola" em italiano é ilha. Bem certo, assim como aconteceu com meus ancestrais, fizeram reverência à "Isola paradiso". E da Itália, sua família carrega outros sobrenomes como Damiani e Marra, com menor percentual, também presentes no continente e na ilha.

Tanta musicalidade e misticismo herdados pelas famílias, traduz perfeitamente "A ILHA QUE ATRAVESSOU O MAR", porque este "Popolo di mare" ainda constrói histórias além mar, como eternos desbravadores que são. Pedras sobre pedras, Nuraghes após Nuraghes, onde quer que estejam, unindo os mares e outros povos. E certamente, para os que acreditam que a vida não termina aqui, prosseguem além vida suas trajetórias. 

GRAZIE A DIO, SIAMO SARDI.

Capaz & Mara, um fragmento da Sardenha além mar.


quinta-feira, 1 de novembro de 2018

"O PRENOTA ON LINE É UM MONSTRO INFORMÁTICO"


Quem disse esta frase foi o Cônsul Geral da Itália em Curitiba, o sr. Raffaele Festa, num evento público em 29 de agosto de 2017. E isto conclui de forma catastrófica e revoltante meu processo de cidadania, que dura quatro anos de espera na fila do consulado. Juntei todos os documentos, gastei consideravelmente com certidões e suas atualizações, apostilamentos, traduções juramentadas e muitas viagens atrás de documentos. 

Com certeza, o programa de agendamento do Consulado italiano no Brasil, principalmente pela dependência de fusos horários e horários de verão, favorecem técnicos de informática e seus programas criados para monitorar os segundos para a disponibilidade da vaga. Estas vagas são preciosas e vendidas a valores que chegam a R$ 3.000,00. Quem vende e está bem visível em sites de internet, são prestadores de serviço ou pessoas fora do Consulado que passam esta "facilidade". Após quatro anos de espera numa fila e gastos que chegam a quase oito mil reais, sinto-me com cara de palhaço, estarrecido e sem poder reclamar a ninguém. 

Curti e emocionei com cada descoberta na pesquisa genealógica. Chorei ao encontrar fotos e documentos de meus ancestrais, ao conversar com parentes próximos e distantes, ao chegar as Certidões de casamento de meus bisnonnos e de nascimento do nonno, emocionei com a alteração do meu nome ao ver o resgate de minha história, fiz torcida a cada evolução da lista do consulado ao acompanhar meu requerimento, escrevi o livro da história familiar "A ILHA QUE ATRAVESSOU O MAR" (disponibilizei gratuitamente aos internautas e oriundis que me acompanham) e passei a emoção da cidadania a muitas pessoas. Mas o "jeitinho brasileiro" me atropelou quando chegou o mais importante momento de minha vida. Apresentar meus documentos ao Consulado era sim um momento mágico, de coroar todo meu trabalho e vivência destes anos de pesquisa. ALGUM DISGRAZIATO VENDEU MINHA VAGA. Destruiu meu momento mágico e de tantos outros que aguardavam ansiosamente nesta maledetta fila...

Enviei email apavorado para o Consulado e não me responderam. Consultei advogados, que nada puderam fazer. A Ouvidoria Consular em Brasília nada puderam fazer, por não se tratar de competência do Ministério das Relações Exteriores. A atenciosa deputada Renata Bueno, que representa a América Latina no Parlamento italiano, confirmou a existência do problema, porque já havia denunciado este sistema de agendamento e pagamentos. Mas como no Brasil, as burocracia na Itália é insipiente e nada foi melhorado em Minas Gerais. Meu prazo encerrou ontem 31/10/2018 e, hoje pela manha, meu email já não estava cadastrado no sistema do Consulado. Vários acessos e dormindo tarde para monitorar a agenda do Consulado e fracassei. Meus leitores que buscam a cidadania, a sensação de "morrer na praia" após anos de espera, é desesperadora. Muita atenção para este final do processo. Todo trabalho que teve para pesquisar, buscar e apostilar documentos não é nada! Se não conseguir agendar no Consulado, estará tudo perdido.

Para retomar meu processo, terei que entrar em outra fila e esperar por outros quatro anos. Vou perder todas as Certidões e apostilamentos, porque os Cartórios no Brasil ganham uma fábula com estas histórias mal sucedidas, haja visto que quaisquer Certidões possuem validade de apenas três meses. Serviços cartoriais no Brasil são acachapantes! Tenho que provar que eu estou vivo, que não casei novamente, que o tradutor existe e blá...blá...blá, tudo novamente, a cada três meses. O processo de cidadania não é barato, mas nunca imaginei que seria ASSALTADO no final de meu processo. È vero! A maioria dos que monitoram o sistema de agendamento dos serviços consulares não são os verdadeiros interessados no serviço. São aves de rapina em busca do dinheiro fácil, para destruir os sonhos de pessoas de bem. É uma decepção...

Cheguei a pensar a comprar o lugar na fila, esquecendo que eu teria o direito após esperar por quatro anos este momento especial. Mas, por princípios e berço, eu optei por não alimentar este mercado maquiavélico. A maioria se desesperam e pagam. É tão errado como ser receptor de mercadoria roubada. Sou descendente de pastores sardos e tenho em meu DNA a pìu vecchia religione di Sardegna. Saberei esperar com resiliência a hostilidade climática da ilha que se tornou também meus pensamentos, esperando o dia para conhecer pessoalmente o berço de meus ancestrais. Vou lutar dia a dia, todos meus dias, neste ideal de vida. Estas raposas que rondam a agenda do Consulado italiano de Belo Horizonte, que rastreiam impunes e sedentas por valiosas vagas, arrancando-as de ingênuos e sonhadores oriundis, DEUS TOME CONTA!  Se o Brasil não extirpar os oportunistas e criminosos, definitivamente, estes acabarão com o país. Tudo começa na esperteza de "ganhar dinheiro fácil" até chegar nas grandes negociatas, no Congresso Nacional e na má fama internacional.

Eu saio desta fila maledetta de cabeça erguida e reforçado para nova luta. Alerto meus leitores e vistantes do Blog italianocapaz, para este problema na finalização da cidadania, requerida no Brasil. A Sardenha me aguarda, com a proteção de São Miguel Arcanjo, Protetor de Villasalto, terra de meus ancestrais sardos.


sexta-feira, 26 de outubro de 2018

CIDADANIA - "A lei da selva"


O título que dou a esta postagem é uma externação de minha indignação pelo ser humano e, com especial destaque para o jeito latino ou "jeitinho brasileiro", que sempre vê uma chance em tudo, de ganhar o "maledeto" dinheiro fácil às custas dos outros. Talvez, num ambiente mais amplo, esbarramos na corrupção política e no atraso do país em várias áreas, porque não se age com honestidade e respeito ao outro. Assim, ficamos todos reféns, nas mãos dos espertinhos. E, refém desta situação no meu processo de cidadania, não posso deixar de falar do problema que atinge a centenas de outros "oriundis" aflitos...

Depois de esperar QUATRO ANOS NA FILA, gastar na obtenção de todos os documentos, tradução e apostilamentos, chegamos ansiosos no agendamento da entrega dos mesmos no Consulado. O sistema de agendamento é "on line", direto no site do Consulado, onde se aguarda uma vaga. O dia estando "verde" no calendário, clica no dia em aberto e assim ocorre o agendamento. Simples assim?! Não é o que ocorre. Todos os dias estão ocupados e, segundo informações, o Consulado atualiza o sistema sempre à 24:01hs. Isto mesmo, conta este precioso segundo da virada. 

Você pode acreditar neste segundo, porque é neste segundo (APÓS QUATRO ANOS DE ESPERA) que estará sua esperança de se tornar oficialmente um italiano, mesmo que seu DNA seja 100% europeu. É neste precioso segundo que se aloja os oportunistas e o "jeitinho brasileiro". Ao invés de aguardar e clicar nesta vaga (liberada todos os dias no sistema, às 24:01hs) SOMENTE AQUELES QUE ESTÃO COM TODA SUA DOCUMENTAÇÃO PRONTA PARA SER ENTREGUE, entra em ação os "espertinhos" para segurar este precioso lugar na fila. Possivelmente, seguram a vaga, até quem não tenha interesse na cidadania, mas possa vender o lugar na fila. Assim a angustia dos honestos é a tônica deste momento, após correr tanto atrás de documentos. E pasmem!!! O valor da vaga que seguraram desonestamente, com certeza, é de quase R$ 3.000,00 (Três mil reais). Além da fraude no sistema, o valor é bem superior ao que o Consulado Italiano cobra para analisar os documentos, que é de 300 euros ou, em valores de hoje, R$ 1.252,71. E tem "consultores" ou "facilitadores" que oferecem este serviço na internet, conforme verão no "Print screen" da tela, a seguir. É por isto, que estou tão descrente deste país...

Da parte do Consulado Italiano, creio que não saibam da ocorrência destes fatos que são bem explanados em vídeos do Youtube ou em sites ditos "especializados". Por outro lado, o Consulado não responde emails e muito menos reclamações (Em sites como "Reclame aqui"), não se envolve nestas questões. Eu tive um acidente na lavanderia de casa em fevereiro, sofrendo um trauma no cóccix e tenho dificuldades para ficar assentado, principalmente em carro. Resido em Pouso Alegre, a 390 km do Consulado Italiano em BH, cerca de cinco horas de viagem. Enviei email pedindo orientações e não obtive nenhuma resposta. Este não é o problema, porque posso tomar analgésicos para amenizar a coccidínia e viajar parte do trajeto em pé no ônibus. Mas o problema principal é que não consigo agendar no Consulado a entrega dos documentos. Hoje é dia 26/10/2018 e meu prazo encerra em 31/10. Faz mais de mês que não consigo agendar e posso perder os quatro anos de espera na fila, assim como todo os gastos que tive com cartórios, traduções e apostilamentos. 

Por princípio de honestidade, que veio com meus ancestrais imigrantes e do berço, eu não pago para "facilitadores desonestos" qualquer quantia. A exploração dos imigrantes no passado se estende até os dias atuais. Se eu não tiver vaga nesta bendita agenda do Consulado, eu esperarei paciente por uma chance de ir pessoalmente na Sardenha para requerer minha cidadania. Que dure mais cinco ou dez anos, mas eu não compactuo ou fomento corrupção! Se eu não conseguir, vou cuidar de minha saúde e juntar recursos para ir a Villasalto, com as bençãos de seu Patrono, São Miguel Arcanjo. COSÌ SIA.


Um dos anúncios na internet, oferecendo vaga no agendamento do Consulado por elevado valor.

Interface do site do Consulado, apontando inexistência de vagas no momento da consulta. 


domingo, 21 de outubro de 2018

ENCONTRO ANUAL DA FAMÍLIA MARRA


Ocorreu entre os dias 19 e 21 de Outubro de 2018, o Encontro anual da Família Marra. O local deste ano foi novamente no aconchegante Hotel Fazenda Vale Verde, em Estiva (MG). Foram dias de Confraternização e reencontro com familiares, com descontraídos eventos para as gerações de "oriundis"; nos quais a musicalidade, declamações de poesias e troca de informações realimentou o espírito italiano de todos. Tenho participado desde 2013, quando iniciou este evento memorável da família de minha esposa Mara.

Gostaria muito que estes Encontros Anuais de Família fossem uma realidade também para a Família Cappai, mas me parece remota de acontecer, dada a condição de nossa rara descendência (são poucos os sardos que restaram da imigração tardia no país, sendo atualmente desconhecidos entre si), a migração desastrada pós guerra para outras regiões dos poucos remanescentes e a tímida e quase inexistente atividade dos "Circolos Sardos". Por ora, não existe uma entidade social que cadastre, reaviva e resgate a cultura dos sardos no país. Por isto convido por meio deste Blog, que comecemos a pensar num evento de aproximação. Num primeiro momento, através da rede social e de mensagens, a organização de informações e palestras (nas quais posso me apresentar como historiador e escritor sobre o tema, juntamente com outros "oriundis"), até que possamos começar nossos encontros anuais. Estejam onde estiverem, a Sardenha é nossa origem comum. E podemos fazer desta saudosa origem, um belíssimo reencontro de descendentes sardos...

O Encontro da Família Marra, onde participo como "agregado", tem sido um forte estímulo para que eu prossiga em minhas pesquisas. Semanas atrás viajei na ideia de montar um espaço aberto ao público, para divulgar e preservar a memória da imigração dos sardos. Agradeço muito a  família Marra, que me acolheu com o mais puro espírito italiano, alegre e fraternal. Estou grato a Deus e ao capricho da história, por este inestimável presente. Este espírito de união, cada vez mais raro, é com toda certeza a semente que deixaram além-mar e que continuará a frutificar aqui por muitas gerações.

Em homenagem ao Encontro, disponibilizo aqui as fotos dos painéis dos Encontros Anuais da Família Marra. Assim como fiz a árvore genealógica de minha Família Cappai, que já está disponível no site do "MY HERITAGE", irei auxiliar a Família Marra para que também disponibilize na rede social a sua árvore genealógica. É uma louvável ação para que os arquivos de família não se percam com o tempo e estejam sempre a disposição de outras famílias, agora e no futuro.







Moradia no "Timbó", perto de Careaçu (MG) no sul de Minas, onde os primeiros imigrantes da Família Marra iniciaram sua belíssima trajetória. 



sábado, 29 de setembro de 2018

Pesquisar para economizar - Cidadania


Passei por uma experiência esta semana muito interessante, durante o processo de apostilamento das Certidões. E acho interessante passar esta experiência. Sempre achamos que o preço de cartórios é tabelado e não há como escapar. De fato, os cartórios cobram caro e tudo é motivo e brecha para cobrar mais, seja no reconhecimento de firma, mais selos ou certidões vencidas. Resignado com as tabelas dos cartórios em Minas Gerais, que sempre apresentavam valores parecidos, independente da localidade, acabei deixando levar e gastei uma boa soma durante o período de quatro anos de espera na fila. Não sabia quando iria ser chamado a apresentar os documentos, por isto procurava estar sempre de posse das Certidões válidas. Esqueci que no Brasil, mesmo o Consulado sendo italiano, a burocracia é exercício para "monges tibetanos". Num dado momento, descobri que as Certidões deveriam ser de inteiro teor e os valores foram mais salgados... Haja paciência e "denaro"...

Recentemente precisei apostilar duas Certidões minhas, juntamente com as traduções juramentadas. Estas foram feitas pela Patrícia Rizzotto, excelente tradutora de Uberlândia. Por surpresa ao tentar apostilar mais Certidões em minha cidade (Pouso Alegre, sul de Minas), fui orientado que não poderiam apostilar, porque a tradutora não reconheceu firma de sua assinatura. Prestem atenção! O apostilamento em Minas Gerais é R$ 106,00 por documento e mais R$ 25,00 por folha acrescida. De tal forma, que o serviço que eu precisava, iria ficar em mais de R$ 470,00. Estava inconformado por pagar mais esta leva de documentos, mas estou numa fase que não dá mais para desistir. E foi assim que liguei para a tradutora para saber como iríamos fazer com o reconhecimento de firma de sua assinatura.

A tradutora orientou a entrar em contato com o Cartório JK, em Brasília (DF), onde tem firma reconhecida. Achei curioso, porque até então lidava com quatro cartórios diferentes em regiões diferentes de Minas Gerais, mas daí a mandar os documentos para Brasília era no mínimo uma "aventura burocrática" além dos limites do Estado. Mas os tempos são outros. No site do Cartório JK mostra uma Brasília eficiente, pois os documentos "ficam prontos em 24 horas". E foi assim que enviei a documentação. Mas, pasmem com o preço!!! O custo do apostilamento é de apenas R$ 38,00 por documento, sem acréscimos. E foi assim que os 470 reais de Minas Gerais se transformou em apenas 177 reais em Brasília. Foi ai que concluí, o que todo empresário mineiro já conhece há décadas, que Minas Gerais é o Estado mais voraz da Federação.

Outra questão específica, antes de localizar a prestimosa tradutora Patrícia Rizzotto, procurei por tradutores juramentados no sul de Minas. Verifiquei a inexistência deles no interior do Estado. Pedi informações a vários contatos e acabei com uma indicação no próprio cartório. Um tal "JB" se apresentou como tradutor em três idiomas e me pediu o valor de R$ 1.200,00 nas duas Certidões. Fiquei apavorado com o preço. Entrei em contato com vários tradutores em Belo Horizonte e alguns cobraram em torno de R$ 600,00. Tive a curiosidade de checar a lista de tradutores na JUCEMG - Junta Comercial e o tal "JB" não constava na lista, mas justificou que trabalhava com uma liminar. Enfim, não aprofundei na questão e fiz nova pesquisa, até que encontrei a Rizzotto Traduções ao valor de R$ 350,00. Estou citando os preços, porque na JUCEMG me informaram que as traduções tem PREÇOS TABELADOS pelo governo. Seja o que for, há muita coisa suspeita neste segmento. Se no passado, haviam atravessadores no agenciamento de imigrantes para a lavoura de café que vitimavam nossos antepassados em seus sonhos na América, hoje temos aproveitadores que estão enganando os oriundis no retorno às raízes...

Então, meus caríssimos oriundis em busca da cidadania, ATENÇÃO! Muita atenção para com os valores que estão pagando por serviços e também junto aos cartórios. Pesquise preços, porque a diferença vai te surpreender também...

LINK do Cartório JK: http://www.cartoriojk.com.br/

Buona fortuna!!!
Un mega abbraccio a tutti.

José Capaz


quarta-feira, 22 de agosto de 2018

LIVRO "A ILHA QUE ATRAVESSOU O MAR", disponível para downloader.


Prezados leitores do Blog "Italianocapaz",

Depois de muitas pesquisas com editoras e gráficas, estudando qual a melhor forma de disponibilizar para venda o livro "A ILHA QUE ATRAVESSOU O MAR", decidi deixar ele disponível em PDF no próprio Blog.

A "ILHA QUE ATRAVESSOU O MAR" é uma obra que durou quase cinco anos de pesquisa para se concretizar. Dediquei a esta pesquisa jornalística com zelo e afinco, como profissional formado na área, com especialização em historiografia. Espero que gostem do resultado. Pretendo pesquisar num futuro breve os documentos e pessoas na Sardenha, para transformar (quem sabe!) num romance com o mesmo título. Afinal, a raridade, as informações e os fatos que levaram os sardos a esta imigração rara, merecem nossa especial atenção, dentro da imigração italiana que ajudou a  formar este país.

Não é fácil editar e publicar obras no Brasil. Procurei editoras, gráficas independentes e por  impressões a preços populares, sempre com o objetivo de viabilizar o custo final da obra. Por fim, analisei no fundo da alma o "porque" de ter mergulhado nesta pesquisa. Fiz isto buscando minhas raízes e finalmente entendo hoje que, mesmo fragmentados, somos partes de um todo. SOMOS UMA GRANDE E DISPERSA FAMÍLIA, próximos ou não, mas para sempre SARDOS!!! Ou, quem prefira, italianos! 

Mas esta jornada não termina aqui. Estou disponibilizando para downloader o meu trabalho de anos de pesquisa. Irei continuar estudando as árvores genealógicas da família Cappai no Brasil, quiçá de outros sardos. Por isto, coloco-me a disposição de dúvidas e orientações a outros curiosos da imigração italiana. É um trabalho independente, sem prazo para terminar, custeados pelo autor. 

ACESSE GRATUITAMENTE SEU LIVRO, através do LINK ao lado.

Espero que gostem do livro "A ILHA QUE ATRAVESSOU O MAR". Façam seus comentários e tire suas dúvidas, através do email do autor:

sardocapaz@gmail.com

O AUTOR.