Um momento muito especial estar com meu pai refazendo singelamente o passo a passo da história, de reconstruir o que estava disperso e perdido nos documentos históricos. Meu avô veio para o Brasil como italiano e morreu como italiano. Muito certamente pensavam melhorar de situação e retornar para a Ilha da Sardenha. Só assim explica porque a família não se naturalizou como brasileiros. Depois de estudar a ilha, percebo o quanto estou ligado também à sua história, costumes e crenças; que por capricho da natureza, nasci em terras distantes, mas com espírito igualmente sardo...
E ao acender a vela e orar no túmulo de meu avô, percebi uma centelha em minha alma, que vai muito além do reconhecimento da cidadania italiana e da inquietude interior, PRECISO RETORNAR PARA A ILHA DA SARDENHA, POIS UMA PARTE DE MIM ESTÁ LÁ TAMBÉM. E para completar o ciclo e o ritual, preciso orar na Igreja do padroeiro de Villasalto, terra de meus ancestrais, a nosso protetor São Miguel Arcanjo. Simbolicamente, na pessoa do neto, a família toda retornará para a ilha. Preciso respirar o ar de Villasalto (Sardenha) e saudar esta terra em nome de todos meus ancestrais. Eu não estaria vivo para contar esta história, se eles não tivessem feito a última aventura de suas vidas, no além mar. Mas no fundo de meu espírito e borbotões, surge uma tênue convicção, eles ainda continuam bem vivos...
"A HERANÇA HISTÓRICA DE NOSSA FAMÍLIA, CORRE EM NOSSAS VEIAS"
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