segunda-feira, 3 de março de 2014

A História Familiar em nossas veias...

No inicio de janeiro deste ano, 2014, viajei até Leopoldina, zona da mata, MG. Está a cerca de 500 km de Pouso Alegre, onde resido com minha família. Visitei meu pai João Capaz e juntos fomos ao cemitério colocar uma nova Placa de Identificação no túmulo de meu avô CAPPAI RAFFAELE. Dia de sol e muito calor em Leopoldina. A viagem fez descer de 830 metros para 220 metros de altitude em Leopoldina. O evento encerrava o trabalho de pesquisa de quase 1,5 ano de muitas emoções e descobertas, iniciando um novo estágio com muitas perguntas por responder. Mas ali estávamos de corpo e alma. Como parte da primeira e a segunda geração de sardos no Brasil, colocamos a placa no túmulo, em silêncio e reverência...

Um momento muito especial estar com meu pai refazendo singelamente o passo a passo da história, de reconstruir o que estava disperso e perdido nos documentos históricos. Meu avô veio para o Brasil como italiano e morreu como italiano. Muito certamente pensavam melhorar de situação e retornar para a Ilha da Sardenha. Só assim explica porque a família não se naturalizou como brasileiros. Depois de estudar a ilha, percebo o quanto estou ligado também à sua história, costumes e crenças; que por capricho da natureza, nasci em terras distantes, mas com espírito igualmente sardo...

E ao acender a vela e orar no túmulo de meu avô, percebi uma centelha em minha alma, que vai muito além do reconhecimento da cidadania italiana e da inquietude interior, PRECISO RETORNAR PARA A ILHA DA SARDENHA, POIS UMA PARTE DE MIM ESTÁ LÁ TAMBÉM. E para completar o ciclo e o ritual, preciso orar na Igreja do padroeiro de Villasalto, terra de meus ancestrais, a nosso protetor São Miguel Arcanjo. Simbolicamente, na pessoa do neto, a família toda retornará para a ilha. Preciso respirar o ar de Villasalto (Sardenha) e saudar esta terra em nome de todos meus ancestrais. Eu não estaria vivo para contar esta história, se eles não tivessem feito a última aventura de suas vidas, no além mar. Mas no fundo de meu espírito e borbotões, surge uma tênue convicção, eles ainda continuam bem vivos...

      "A HERANÇA HISTÓRICA DE NOSSA FAMÍLIA, CORRE EM NOSSAS VEIAS"




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