sábado, 2 de março de 2013

Cidadania italiana, com "jeitinho brasileiro".

 Um processo de Cidadania italiana no Brasil pode durar mais de 10 anos, num procedimento lento, burocrático e agonizante para os descendentes de italianos. Pela lei, os descendentes possuem o direito sanguíneo (Juris sanquinis), pois desde que nasceu é italiano. Aliás, a meu ver, mediante a crise que havia na Itália na época, a imigração desta grande leva de italianos, assim como a família de meu bisavô Giuseppe Cappai, que enfrentaram o desconhecido além-mar, propiciou a estabilidade dos que ficaram em suas terras. A viagem durava mais de mês, em navios a vapor, empilhados de centenas de passageiros.


O processo de Cidadania ainda demora assim no Brasil. Mas não é assim para todos, pois descobri uma matéria na internet falando da cidadania da Primeira Dama em 2009, D. Marisa Letícia Lula da Silva, esposa do então Presidente da República Luiz Ignácio Lula da Silva que conseguiu sua cidadania em tempo recorde. Muitos descendentes italianos ficaram indignados, porque o presidente "furou a fila", desrespeitou quem já espera há tempos pela análise de seu requerimento. Ela já conseguiu o reconhecimento de sua cidadania em 2009, enquanto muitos ainda esperam até hoje. Depois, falam do "jeitinho brasileiro" que não respeita o direito do outro, se o próprio presidente atropela as regras. É lamentável.

Por isto, estou postando a matéria que li na internet. 

Por outro lado, se facilita para o governo ações como esta, ainda temos o VOTO OBRIGATÓRIO no país, mesmo vivendo num país democrático. O governo é assistencialista, com discursos e retórica voltados para o combate a miséria e os professores recebem, sem muita variação, dois salários mínimos por mês, mesmo tendo 25 anos de carreira. A educação não é prioridade no país. Mesmo existindo a "Ficha Limpa" que impede o ingresso de políticos com processos na justiça, o Parlamento tem políticos condenados pelo Supremo Tribunal Federal - STF, a imprensa está repleta de casos de corrupção. O Parlamentar brasileiro é o segundo mais caro do mundo, depois dos EUA, segundo recente Estudo da ONU. Cada um dos 594 parlamentares do Brasil custa para os cofres públicos US$ 7,4 milhões por ano. E como bom descendente de italiano que não consegue se calar diante das injustiças, porque na Itália há também seus problemas políticos, uma nação só cresce à medida do esclarecimento do seu povo. Se há corrupção, se há desinformação e o "jeitinho" impera, é porque o povo não está atuando, fazendo sua parte. Por isto, sou um defensor do Voto Facultativo no país. 

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