Descobri esta semana,
através da Certidão de Casamento de meu avô sardo Cappai Raffaele, que minha
bisavó Gessa Maria Annica faleceu em 1912 com 49 anos e foi enterrada em
Providência, Distrito de Leopoldina.
Quando nosso bisavô sardo Cappai Giuseppe casou seu filho Cappai Salvatore em 1913, em Leopoldina, mudou-se viúvo para
Nova Venécia (ES) com três de seus seis filhos.
Cappai Salvatore faleceu em
1958 em Nova Venécia (ES), tio-avô de meu pai. Nesta época, já havia o erro no
sobrenome da família, ao invés de Cappai, a família assinava o sobrenome Capaz.
Meu bisavô Giuseppe
retornou para ver o casamento do meu avô Raffaele em 1917. Este evento ficou
registrado nas Certidões do Cartório.
Como meu pai João Capaz de
Oliveira nasceu em 1934, ele não chegou a conhecer seus avós italianos,
naturais de Villasalto, Sardenha. Conhecia apenas seu pai que veio para o Brasil em 1897, que faleceu
como italiano, sem ter naturalizado no país.
Depois disto, a história de
parte da família seguiu para o Espírito Santo e nossa pequena família ficou em
Leopoldina. Esta história ficou desconhecida por 102 anos. A família "Cappai" continua
dividida entre a zona da Mata mineira e o Espírito Santo, sem se conhecer até os dias de hoje. Ainda carregam um sobrenome não italiano, sem conhecer a verdadeira história da família...
Minha missão agora é
localizar o túmulo dos meus bisavós, encontrar os parentes para relatar a
história que pesquiso e registrar mais este momento. Acredito que a história
não deve permanecer apagada em nossas memórias. Uma vez pesquisada e entendida,
tornou-se uma obrigação reunir os fragmentos e compartilhar com nossa geração.
Afinal, um casal trouxe
seus seis filhos para “fazer a América”. E passado pouco mais de 100 anos, a
família se dividiu, mas a memória não pode ser jamais esquecida. Se não fosse o
casal Cappai Giuseppe e Gessa Maria Annica, minha família não existiria hoje neste
país. Somos frutos de uma decisão, de um momento crucial que levou uma família
a enfrentar o mar e começar uma nova vida em terras estranhas. Devo minha vida e
a de minha família a eles...
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