domingo, 4 de fevereiro de 2018

Adeus minha também mãe!


A figura da mãe não é a biológica ou a que cria, mas toda mulher que está presente em nossas vidas, incluindo a sogra. Posso atestar como a luz deste dia e o pulsar deste coração, que minha sogra foi minha mãe. Durante os ultimos 30 anos, escutava ela repetir que eu era o filho que ela não teve. Dona Marta (Marta Marra Kersul, 88 anos) teve oito filhos e eu seria o nono que aguardava espiritualmente. Cheguei da zona da mata para o sul de Minas, de uma localidade a quase 500 quilômetros daqui. Cheguei e fui acolhido por uma alegre, festiva e participativa família. E presenciei a partida de duas gerações, cuja história começa em 1905 com a "Vó Chiquinha", seguido pelo "mineirinho" (Expedito Kersul) e a Dona Marta. Todos partiram e deixaram o fruto desta encantadora família, minha esposa Rosemara Kersul, minha iluminada esposa e companheira de muitas caminhadas. E a história prossegue.

Apesar de ter raízes católicas, tive acesso a fragmentos da doutrina espírita, através da família que me adotou. Nos ultimos 30 anos, aprendi a ter uma visão da morte diferenciada, a serenidade com que conversavam e tratavam a "desencarnação" e a certeza da continuidade da caminhada. Tenho certeza desta consciência dos que partem, tendo a fé como bússola desta caminhada que ainda não terminou. Assim, analisando sereno a partida da Dona Marta no dia 01/02/2018, entendo que a dor não é tanto dos que partem, mas de quem fica; pois no mundo material ainda convivemos com as incertezas deste mundo. Um dia entenderemos, de fato, que somos seres espirituais com experiência de corpo, num estágio transitório de aprendizagem...









Nenhum comentário:

Postar um comentário