Descobri que meu avô (nonno) Rafael Capaz tem seu nome (Apellido) verdadeiro, RAFFAELE CAPPAI, que nasceu em 27/11/1896 em Villasalto, Cagliari, Sardenha, Itália. Que chegou no Brasil com seus pais na Hospedaria dos Imigrantes Horta Barbosa, em Juiz de Fora, em 04/07/1897, então com 8 meses e 8 dias. Que meus bisavós (bisnonnos) são GIUSEPPE CAPPAI e MARIA ANNICA GESSE, que casaram em 03/12/1873. Que meus tataravôs são ANTÔNIO CAPPAI e RAIMONDO GESSA.
Fiquei muito feliz nos resultados da pesquisa, em localizar meus ancestrais, que culminou no rastreamento das Certidões pelo Luciano da Polentona e no trabalho do APM - Arquivo Público Mineiro, que forneceu cópia digital do Registro dos Imigrantes. É emocionante resgatar a história, rever fatos registrados e "perdidos" no tempo. É uma honra ser o pivô desta pesquisa na família, porque esta familia (como tantas que vieram para o Brasil) é o motivo de estar aqui vivo, junto com outros descendentes. A aventura desta família rumo ao desconhecido além-mar é que possibilitou a vida e a história prosseguir. Tenho muita vontade agora é de fazer o caminho de volta, a passeio com minha família, no berço da história de meus ancestrais, a Sardenha...
Mas sabendo hoje a existência do erro no sobrenome, aguardo uma análise do Comune na Itália se haverá necessidade de alterar o sobrenome. Há jurisprudência e leis internacionais que "respeitam" o erro, uma vez que seria um grande transtorno alterar documentos para toda a família. Há uma parte da família, inclusive meu pai que é de idade, que não gostaria de alterar, mesmo sabendo do verdadeiro sobrenome (apellido) da família. Hoje temos um sobrenome (CAPAZ) de origem provavelmente árabe, enquanto o sobrenome correto de origem sardo é CAPPAI. Pesquiso agora onde originou o erro, que repercutiu sobre duas gerações no Brasil. E agora José?!
Uma coisa é certa. Particularmente, anseio por assumir o verdadeiro sobrenome de meus ancestrais, pelo simples fato que estaria consertando um erro histórico. E igual a esta história, tantas familias de descendentes italianos, sofreram com erros de grafia, de entendimentos na hora da transcrição e da própria perda de documentos. A maior imigração da humanidade, a dos italianos para o Brasil, especificamente para a região sul e sudeste do Brasil, gerou muita desinformação e desencontros. O que testemunho é o grande prazer e emoção que gera a descoberta. Posso atestar que o passado não está morto e enterrado, está nos registros históricos, na nossa mente e sensibilidade e, principalmente, em nossas veias. O reencontro é, no fim de tudo isto, o encontro com nós mesmos...
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