É muito gratificante e prazeroso ter retorno de leitores do livro "A ILHA QUE ATRAVESSOU O MAR", principalmente quando se tem a mesma origem na Sardenha milenar, raízes na família Cappai e resultados da rara imigração da ilha para o interior de Minas Gerais, Brasil. Desta feita, quem entrou em contato foi Francisco, de Belo Horizonte, tio de Fabrícia Cappai.
A história de sua família inicia com Salvador Cappai, que nasceu por volta de 1858, no comune de Nuoro, na Sardenha. Como resultado da imigração, faleceu em Belo Horizonte no dia 24 de novembro de 1921. Filho de Salvador Cappai e Maria Carezo. Casou com Maria Bárbara, filha de Lussuro Anjoni e Angela Carezo. Filhos do casal foi Francisco Cappai (24 de novembro de 1900) e João Cappai. Este ultimo casou com Maria Pudo, sobrenome também comum na ilha da Sardenha. Maria Pudo, que é filha de João Pudo e Maria Raphaela Esquirro. João Cappai nasceu por volta de 1892 e faleceu no ano de 1964. Outros filhos deste casal de origem em Nuoro foram: Salvatorangelo, Giovanni Lussorio Cappai, Francesca e Salvatora. Parte da família tem registros e documentos anexados no site dos Mórmons, Family Search.
A Pesquisa apenas começou, porque não localizamos os registros de entrada no país, na hospedaria, nos Censos e como se deu a adaptação inicial, nem mesmo o local onde esta família de imigrantes iniciou sua vida além mar. Sabe-se que eram construtores, assim como meu avô Raffaele Cappai que construiu boa parte das casas, mercearia e igreja do Distrito de São Lourenço, município de Leopoldina, na zona da Mata Mineira. Esta informação de que eram construtores, muito me comove, porque é a origem também da minha família; que iniciou no café e posteriormente se entregou-se à construção civil.
Outra associação muito comum na imigração é quanto ao sobrenome. Por inúmeras razões, as grafias são alteradas de tal forma, que geram dúvidas e até dificuldades nas pesquisas das famílias. Assim, na minha família, o nome de meu avô sardo Raffaele Cappai, se tornou "Rafael Capaz" ou "Raphael Capaz". Meu pai que deveria ser Giovanni, se tornou João Capaz. Por conta destas disparidades, só conheci a história de minha família, após completar 50 anos de idade.
Quanto à família do Francisco, de Belo Horizonte, o sobrenome sardo "Cappai" foi preservado. Mas ao inverso de meu pai, há uma história um pouco cômica, em que um imigrante Giovanni insistiu no cartório para mudar seu nome para "João", porque achava bonito o nome "abrasileirado". O titular do cartório o intimou a honrar suas raízes no início do século, permanecendo o nome de origem italiana. Mas durante toda a vida, o tal Giovanni se dizia ser "João", contrariando os documentos. Eu gosto de meu nome José, mas ficaria imensamente honrado se um dia tivesse minha cidadania reconhecida e chamasse Giuseppe, nome do meu bisavô que veio de Villasalto, da Sardenha...
Para os "primos" que iniciam a pesquisa, meus cumprimentos sardos. Que a ilha seja o maior incentivo para abrir caminhos no conhecimento de nossas raízes, com a bravura de nossos ancestrais.
Buona fortuna a tutti.
Olá! Esta sendo fácil encontrar registros da data de entrada dos meus antepassados não, mas não vamos desistir. Obrigada pela ajuda!
ResponderExcluirFabrícia, favor passar mais informações dos antepassados, com referência ao nome, antepassados e o local onde a família se desenvolveu, para que eu possa pesquisar e ajudar. Eu resido em zona rural, no alto da serra da Mantiqueira, em local que passou por um período dificil de conexão, mas hoje melhorou. Estou colocando em dia, as respostas às postagens. Obrigado pela participação.
ExcluirEstou iniciando nessa jornada, e descobrindo que somos descendentes do filho mais velho de Giuseppe cappai (Antônio Cappai, meu bisavô)
ResponderExcluirOi Marcos, Antônio Cappai é meu tio avô. Favor confirmar se a história de Antônio se deu no Rio de Janeiro ou Espírito Santo. Estou em dúvida, quanto a este aspecto. Caso tenha fotos antigas de Antônio Cappai ou junto com o seu pai Giuseppe, ficaria imensamente grato se pudesse me encaminhar. Colocarei o crédito no livro, que está em fase de revisão para a segunda edição revisada. Muitissimo grato pela participação.
ExcluirMarcos Capaz de Souza também tenho o sobrenome Capaz
ResponderExcluirLegal. Criei um perfil lá no Instagram família capaz Cappai
ExcluirOi Marcos, qual o nome de seus ancestrais italianos? Eles se instalaram em qual região?
ExcluirOlá meu nome é Bruna sou de Florianópolis SC, sou neta de Gaetano Cappai ,nasceu na ilha da sardenha, soldado italiano Paraquedista do Exército da Itália, que
ResponderExcluirServiu a 2°guerra mundial e depois veio de navio pro Brasil ,morou em são Paulo, era fabricante e estilista de calçados , conheceu minha avó tmbm filha de imigrantes italianos em Erechim RS ,tiveram 3 filhos Rafael Paulo Cappai meu tio , minha mãe Dolores Luíza Rafaela Cappai da Silva e Cláudio Roberto Cappai meu tio mais novo ,vieram morar em Florianópolis onde nasci , hj tenho 40 anos, meus avós maternos já faleceram ,meu avô faleceu quando eu tinha uns 4 anos e minha avó eu tmbm se juntou á ele ,quando eu já estava com 12 anos de idade. Obrigado por poder compartilhar, um pouco da minha história, da minha "família Cappai" aqui no Brasil, sou de uma família simples e humilde e sonho um dia poder conhecer a sardenha na Itália e toda a história da minha família que ainda não conheço, fiquei muito feliz e grata por encontrar este conteúdo e vai saber se agente é parente? Kkk muito obrigado.🥰😘🙋🏻♀️
Oi Bruna, belissima história compartilhada. Com certeza, em algum ramo da arvore genealógica, somos parentes. A família Cappai é muito pequena e está ficando cada vez mais pequena. É o retrato atual da Europa e de muitas famílias. Está falecendo mais pessoas, do que nascendo. Nossas famílias são de origem simples, camponesa, criadores de cabras desde o período medieval, voltados para trabalhos manuais e são muitos trabalhadores; mas com uma história muita rica e fecunda. Tiveram o desafio de atravessarem o mar em busca de novos tempos e venceram. Devemos reverências e respeito a eles. Saudações sardas a você e toda família.
ExcluirBoa tarde Bruna, muito interessante sua história. O mais intrigante éqque permaneceu o sobrenome cappai, ao que me parece. Vamos interagindo aqui, a família é muito receptível e pelo visto todos amam essas histórias. busque no intagram e facebook também, as comunicades capaz ou cappai são uma só e grande por lá kk
ResponderExcluirMarcos, obrigado por sua participação. A família Cappai teve seu sobrenome em parte alterado, devido a erros de transcrição ou cartoriais. Há muitos erros nos cartórios, que vão além da alteração do sobrenome, como erro de datas, locais de nascimento (inclusive colocando o europeu como nascido no país) e até a não citação do sobrenome, com referências a "fulano de tal" ou "sicrano". Os registros cartoriais eram feitos manualmente e os papéis dos livros ficavam amarelos, ressecados ou atacados por traças e cupins. Assim, quando ficavam ilegíveis ou, mesmo por falha no entendimento na hora do registro, os erros se perpetuavam. Acredito que o sobrenome Capaz tenha sido "adotado" ou repetido por erro cartorial entre os anos de 1903 a 1910, porque no registro da Hospedaria Horta Barbosa em 1897, quando chegaram, estava correto o sobrenome. Mas é importante frisar que o sobrenome "Capaz" não é italiano e, muito menos, de origem sarda. Qualquer dúvida, estou à disposição.
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