CIDADANIA
PARA A VIDA.
“A
Kentanos”
Cidadania é o complemento da história pessoal e familiar.
É a cereja do bolo.
É o laço refeito pela família, muitas vezes na alma e no pensamento de
apenas um.
É a voz interna na alma dos vivos, tocada profundamente pelos que
partiram.
É a essência do grupo familiar, além do tempo e das fronteiras.
Cidadania não é somente um passaporte, é consequência histórica.
É a resposta do carinho pela terra que sequer conhecemos.
A Cidadania se fortalece na identificação cotidiana e na pesquisa que
não cansa.
Uma idiossincrasia perfeita, descoberta e identificada na árvore
familiar.
É fruto da emoção mais profunda do ser humano, a razão de viver.
Um casal com seis filhos, saíram de uma ilha e ganharam o mar.
Da Sardenha para o Brasil, foram mais de 45 dias de viagem.
Começaram com um Passaporte e um sonho.
Não naturalizaram brasileiros, mas sonharam os dias de retornar à ilha.
Um documento nas mãos em terras estranhas, acolhidos em tempos severos.
E hoje, estes documentos perdidos dos ancestrais é emblemático.
Abriram caminhos, na burocracia fria e carcomida pelo tempo, se perdeu.
Esta cidadania, como descendente que busca as origens, é o “dizer do
tempo”.
Devo morrer em terras distantes ou na ilha?
Na verdade, sem documentos e distinção em qualquer lugar.
Onde estão os documentos de meus bisavós, avós e parentes? Como eram seus semblantes? Qual eram seus ofícios e sonhos? Contam-me
suas histórias...
NÃO TEM PASSAPORTE OS SONHADORES, vagantes no tempo!
Talvez esta seja a sina. Morrerei como sardo, desapegado deste mundo,
com vista em outros mundos.
E, bem certo, passando a fronteira.
Um dia, com ou sem passaportes, iremos nos reencontrar...
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